Quaresma de 2022 – Evangelho do Terceiro Domingo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 13, 1-9)

Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam.

Jesus respondeu-lhes:

«Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus?

Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo.

E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém?

Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.

Jesus disse então a seguinte parábola:

«Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou.

Disse então ao vinhateiro:

‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la.

Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra? Mas o vinhateiro respondeu-lhe:

‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».

 

Meditar e viver esta Palavra

O Evangelho deste domingo, desenvolve-se em dois momentos distintos, mas que têm em comum o objetivo de nos chamar à conversão. Na primeira parte, Jesus contraria a imagem que o judaísmo apresentava de Deus, como que de um mercador, que trocava pecados por desgraças e boas ações por prosperidade. Esta primeira parte da leitura conclui com um forte apelo à conversão verdadeira e urgente, mesmo a todos os que se acham justos, porque não conhecendo a hora a que Deus os chamará, devem encontrar-se sempre preparados: “E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.”

Na segunda parte, é-nos apresentada a Parábola da Figueira. Um proprietário desiludido com a figueira que nos últimos anos não deu frutos, manda o agricultor cortá-la. Este, no entanto, compromete-se a cuidar dela e a fazer o possível para que no próximo ano possa dar bom fruto.

Percebemos nesta imagem do agricultor paciente e dedicado, a figura de Jesus, que não se cansa nem desiste de nos chamar à vida nova. Mas assim como a figueira tem um ano para se regenerar, assim também nós somos confrontados com a premência de aceitar este convite de Jesus, que nos chama a mudar de vida, porque não sabemos quando o Senhor passa e vem procurar os nossos frutos.

Neste tempo de conversão, saibamos produzir frutos saborosos para apresentar ao dono da vinha, que vem hoje colher na pessoa dos nossos irmãos, daqueles com quem vivemos todos os dias. Frutos de escuta, de bondade, de perdão, de gratidão.

 

Ao longo desta semana, somos convidados a rezar a oração da pagela, que os Grupos de Oração Interior rezaram, quando meditaram a leitura da Parábola da Figueira:

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