A Fundação Maria Mãe da Esperança (FMME), ereta canonicamente por decreto do Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, a 11 de fevereiro de 1996, teve por fundadores o Padre Manuel dos Santos José (1938-2017) e mais 29 pessoas. Tem o reconhecimento civil como Pessoa Coletiva Religiosa e está registada no Departamento da Educação Básica do Ministério da Educação.
Qual a sua origem? Sendo responsável do Secretariado Diocesano da Catequese e da formação dos catequistas, o Padre Manuel dos Santos José sentiu um grande desejo de renovação integral da pessoa, sobretudo nas dimensões psicopedagógica e espiritual da relação humana. Daí a sua aposta numa sólida vida espiritual dos catequistas, que permitisse uma experiência profunda da fé e o testemunho de vida, que fossem raiz e pedagogia para os ensinamentos transmitidos.
Na sequência desta sua intuição, a partir de 1984, começou a promover retiros, jornadas de reflexão e oração para fomentar a vida espiritual dos educadores. “Os catequistas e demais educadores cristãos são desde a primeira hora os primeiros e principais destinatários destes retiros. Progressivamente estes foram-se abrindo a toda a pessoa sequiosa de Deus” (Manuel Santos José, Uma experiência de retiros, “Leiria-Fátima”, ano II, n. 5, Maio-Agosto de 1994, p. 134).
Ao Padre Manuel Santos José juntaram-se cristãos interessados em melhor viver a sua espiritualidade, formando-se assim equipas de trabalho que, com ele, montavam toda a dinâmica dos retiros. Surgiu daí a necessidade da criação de uma estrutura que fosse suporte, desse vida a tais atividades e as alargasse. Depois de alguma hesitação inicial quanto à natureza jurídica, entre associação de fiéis e fundação, optou-se, finalmente, por lhe dar a configuração de fundação pia autónoma (cf cân. 1303 §1). A finalidade e a atividade da Fundação encontram a sua inspiração no texto bíblico: “Todos unidos perseveravam na oração com Maria, a Mãe de Jesus” (Atos 1,14). Quando ao nome, “Maria Mãe da Esperança”, inspira-se na ternura mútua entre Mãe e Filho, expressa no ícone da Virgem de Vladimir, adotado como imagem símbolo da Fundação.
Os estatutos da nova Fundação foram aprovados pelo Bispo de Leiria-Fátima, que também lhe concedeu a ereção canónica. As suas sedes provisórias foram em Azoia, Minde e Fátima, mas houve sempre o desejo de criar um centro de irradiação espiritual, que fosse casa de oração e sede das atividades da Fundação. Entretanto, foram criados os amigos da Casa de Oração de Fátima, cujos donativos e outras receitas permitiram a compra, em 2010, da sede definitiva na Loureira – Santa Catarina da Serra. Denominada Casa de Oração de Fátima (COF), e com esta denominação especificamente registada, nela funciona a maior parte das atividades da Fundação.
Ação Evangelizadora
Toda a ação desenvolvida pela FMME situa-se no campo da Nova Evangelização. Ela procura criar condições para que a pessoa possa ter um encontro íntimo e pessoal com Jesus Cristo, tendo como base a oração, o silêncio e a Palavra de Deus.
Com este objectivo, a FMME organiza retiros, recoleções, adorações ao Santíssimo e Escola de Oração (EO) com os seus grupos de oração interior (GOIs).
Estatutos
(Natureza)
A Fundação Maria Mãe da Esperança, adiante designada por Fundação, é uma pessoa jurídica canónica de natureza privada, com estatutos aprovados e ereção canónica pelo bispo de Leiria-Fátima e reconhecimento pela autoridade civil competente, que se rege pelo direito e pelos presentes estatutos.
(Fins)
1 – A Fundação assume-se como uma instituição eminentemente educativa da pessoa, dedicando atenção especial à interioridade, à relação com os outros e à comunhão.
2 – Integra toda a sua ação no apelo do magistério da Igreja a uma nova evangelização e à exigência do desenvolvimento espiritual da pessoa humana.
3 – Tem por finalidade específica promover o desenvolvimento integral e harmonioso da pessoa humana, o revigoramento do tecido societário e eclesial e a sensibilização para a necessidade da preservação e apreço do meio ambiente em ordem a uma melhor qualidade de vida.